Stella, uma história de superação e amor: a jornada de uma pequena guerreira prematura

Stella, uma história de superação e amor: a jornada de uma pequena guerreira prematura

Com apenas 31 semanas e pesando menos de 1 kg, a pequena Stella enfrentou desafios desde o nascimento. Hoje, no Dia Mundial da Prematuridade, a CAURN conta essa história de força e determinação.

Por Ana Karla Martins

Em dezembro de 2023, a vida da jovem Priscila Goires mudou completamente. Grávida da sua primeira filha, a colaboradora da CAURN, vivia toda a plenitude da primeira gestação e ao lado do marido, Pedro Goires, já estava na expectativa da chegada de Stella. No entanto, o parto, que estava previsto para fevereiro de 2024, aconteceu antes do tempo. E neste dia 17 de novembro, Dia Mundial da Prematuridade, a CAURN vem contar a história de uma pequena guerreira que dá lições diárias de amor e vontade de viver.

Trabalhando como assistente financeira, Priscila vinha tendo uma gravidez tranquila. Aos 27 anos, mantinha uma rotina de consultas e exames, cuidava bem da alimentação e já sentia a bebê mexendo muito na barriga. No entanto, dias antes do Natal, sentiu algo diferente. “Dias antes de encontrar minha família em João Pessoa para passar o Natal, percebi que ela estava mais quietinha do que o normal. Fui na urgência e a minha pressão estava alta, tivemos que antecipar a cesárea”, relembra.

A notícia do parto antecipado pegou Priscila e o marido de surpresa. Stella nasceu no dia 22 de dezembro de 2023, quando estava com 31 semanas de gestação e com apenas 912 gramas de peso. “Eu não tinha noção do risco que estava sendo para a minha vida aquele parto antes da data prevista, eu só queria que minha filha nascesse com vida e que eu pudesse ter ela nos braços, e pudesse levar ela para minha casa bem e com saúde, eu só conseguia pensar nisso”, declarou. Após o parto, Priscila foi informada que a placenta estava calcificada e, em nenhum momento, foi possível ver na ultrassonografia.

Ao nascer, Stela teve algumas intercorrências como: hemorragia intracraniana de grau 1, meningite bacteriana, infecção urinária, retinopatia de grau 1, anemia, onde precisou de 2 transfusões de sangue, e bronco displasia. “Eu não sabia nada sobre prematuridade, quais os cuidados que ela (Stela) teria a partir daquele momento, mas sempre tive a esperança que o tempo que ela precisasse ficar naquele hospital eu estaria do lado dela”, relembra.

Os dias que viu a filha na UTI Neonatal não foram fáceis. Priscila relembra que foi difícil entender toda a situação, mas que, aos poucos teve a certeza que a filha teve o melhor cuidado. “A vida de uma mãe de bebe em UTIN (UTI Neonatal) é uma montanha russa de emoções, pois cada dia é um desafio. Entender que para o bebê que está na incubadora também é um desafio nos ajuda muito, pois ela está finalizando uma gestação extrauterina e que para aquele serzinho frágil não é nenhum pouco fácil. Sentir o calor dos pais e o amor da família é de extrema importância para o desenvolvimento físico e emocional do bebê”, declarou.

Fotos: Arquivo pessoal

Após 54 dias de internação, Stella teve alta hospitalar e, desde então, os cuidados com a saúde da pequena tem sido constantes. A primogênita segue tomando medicação para evitar a contaminação por vírus respiratórios e ainda existe todo um cuidado com a parte oftalmológica, já que ela teve retinoplastia. A boa notícia é que a evolução vem sendo positiva.

Atualmente, Stella está com 10 meses de vida e 8 de idade corrigida. É uma bebê simpática e que está se desenvolvendo, de acordo com sua faixa etária. Já recuperou o peso, está engatinhando e batendo palmas. Interage bem com as pessoas e vem dando uma grande lição de determinação e paixão pela vida.

Gostou do conteúdo?! Compartilhe!
whatsapp button