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CAURN esclarece suas dúvidas sobre as vacinas contra a COVID-19

20 de janeiro de 2021

Estamos vivendo uma nova fase no combate à COVID-19, que é a chegada das vacinas. Alguns brasileiros já estão sendo imunizados, mas ainda existem algumas dúvidas sobre a eficácia desses imunizantes, como tomar, quem pode tomar.

Com o objetivo de esclarecer as dúvidas, a CAURN convidou o professor da UFRN e , epidemiologista, Kenio Lima para esclarecer algumas questões sobre o tema. Confira:

A Coronavac funciona a partir de vírus inativado. O que significa?

Significa que a tecnologia de produção de imunização é proveniente do SARS-COV2 que foi inativado, ou seja, “morto”, a partir de estratégias comuns para se fazer isso, como o calor excessivo, por exemplo. Logo, ele não terá capacidade de se multiplicar no nosso organismo. Outras vacinas também são com vírus inativados. como a da Hepatite A, da gripe e da raiva, por exemplo.

Qual a principal diferença para a da Oxford?

A principal diferença na sua confecção é como ela é produzida. A Coronovac provém do SARS-COV2 inativado e a da Oxford provém de uma outra estratégia na produção da vacina. E que estratégia é essa? Ela provém da inserção de genes que codificam a proteína Spike (responsável pela capacidade de invasão do novo coronavírus nas nossas células) em um adenovírus de Chimpanzé e que, portanto, não causam infecção em humanos. Os adenovírus podem causar infecção em humanos, mas não esse, que é de Chimpanzé.

O fato de as vacinas terem sido produzidas em tempo considerado curto traz algum prejuízo para a segurança dos imunobiológicos? 

Não. A segurança é testada antes de estudos clínicos com grande quantidade de pessoas como são esses para comprovar a eficácia das vacinas. Os estudos de fase 1 e 2 contribuem para isso. O 1 em nível de laboratório e o 2 com pessoas para testar a segurança.

Existem efeitos colaterais?

Como todo e qualquer vacina, podem existir efeitos colaterais. Desde uma dor no local da administração da dose da vacina, vermelhidão no local, febre, dor de cabeça, moleza no corpo, até reações mais graves como uma anafilaxia, por exemplo. Uma reação anafilática nesses casos, via de regra, se deve aos adjuvantes usados para potencializarem a capacidade de produzir anticorpos das vacinas. As vacinas atenuadas sempre exigem mais de uma dose, exatamente por isso. Elas não são tão efetivas para produzir anticorpos, daí a necessidade de duas doses e de adjuvantes que potencializam a sua ação.

Qual o tempo necessário para a pessoa adquirir imunidade?

Depende do tipo de vacina. No caso de uma vacina atenuada, necessário se faz duas doses. A Coronavac, por exemplo, na primeira dose, produz uma resposta entre a segunda e terceira semanas e, depois tem uma queda no nível de anticorpos. Nesse sentido, precisam de uma dose de reforço aos 28 dias para que a produção de anticorpos atinja um nível protetor. Entre duas e três semanas após as pessoas estarão com seus níveis de anticorpos protetores.

Qual a importância de tomar as duas doses?

A importância é de garantir a produção de anticorpos protetores.

Quem teve COVID-19 ou está com sintomas da doença, deve se vacinar?

Quem teve e já está curado não tem o menor problema e deve se vacinar. Quem está com sintoma não deve fazê-lo, uma vez que um dos motivos da falha de uma vacina é uma infecção concorrente.

A vacina é eficaz contra a nova cepa do vírus?

Até o momento, nos testes realizados, os anticorpos produzidos têm se mostrado capaz de impedirem a infecção. No entanto, os estudos têm que prosseguir para que possamos garantir que todas as futuras variantes surgidas possam ser impedidas de proliferação pelos nossos anticorpos. Aí está mais um motivo para as pessoas se vacinarem. Quanto mais gente vacinada, teremos menos infecções e menos possibilidades do vírus sofrer mutações e produzir essas variantes tão temidas hoje em dia.

Qual a importância de respeitar as fases da vacinação?

A importância se deve ao fato de que existem as pessoas mais vulneráveis a casos graves, hospitalizações e óbitos. Portanto, essas pessoas, além da força de trabalho que faz a assistência a esses pacientes precisam estar imunizadas.

Os planos de saúde poderão vacinar seus beneficiários?

Não. A vacina é um bem público. E por ser público, não pode, nem deve privilegiar pessoas que podem pagar por ela. A vacina é uma estratégia de prevenção universal! Não pode ter cor, raça, credo, opção sexual, nem posição social. O Sistema Único de Saúde, através do seu Programa Nacional de Imunização, avalia as vacinas que devem fazer parte do calendário vacinal a todas as pessoas e as disponibiliza. Algumas vacinas para alguns problemas não considerados de Saúde Pública podem ser tomadas individualmente e, portanto, compradas, mas nunca uma vacina para uma pandemia como a causada pelo novo coronavírus, a não ser que já tenha havido disponibilização para a grande maioria da população e o governo libere sua compra por planos de saúde ou mesmo individualmente.

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